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Impactos do frio Intenso nas culturas de inverno na Quarta Colônia

Na última semana, as temperaturas caíram consideravelmente na região, com mínimas chegando a marcas negativas. Com isso, a preocupação se volta também para as culturas de inverno. A reportagem do Jornal Cidades do Vale conversou com o engenheiro agrônomo da Camnpal, Aloisio Giovelli. Confira a entrevista completa:

 

JCV - Principais prejuízos do frio intenso nas culturas?

Aloisio - Os principais prejuízos do frio intenso na agricultura gaúcha incluem danos às plantações e redução da produtividade. As culturas mais afetadas são aquelas que não toleram bem as baixas temperaturas, como hortaliças, frutas tropicais e algumas variedades de grãos. Os principais cultivos de inverno no Rio Grande do Sul que toleram bem o frio incluem trigo, cevada, aveia, azevém, canola, centeio e triticale.

JCV - Onde mais afeta? Por quê?

Aloisio - As áreas mais afetadas pelo frio intenso geralmente são as regiões serranas e os campos de altitude mais elevada. Nessas áreas, as temperaturas tendem a ser mais baixas, e a ocorrência de geadas é mais frequente e severa. A topografia também pode influenciar, com vales e depressões acumulando ar frio e intensificando os efeitos das baixas temperaturas nas lavouras. Em grande parte, os agricultores gaúchos já estão acostumados com o frio em suas atividades, e algumas medidas e adaptações já são comuns para enfrentar esse período do ano.

JCV - Qual a recomendação para os agricultores?

Aloisio - Para minimizar os danos causados pelo frio intenso, os agricultores podem adotar várias medidas preventivas nos cultivos sensíveis ao frio, como hortaliças, frutíferas e jardins.

Entre as recomendações estão:

Cobertura das plantas: Utilizar mantas térmicas ou plásticos para cobrir as culturas, especialmente durante a noite.

Irrigação: Aplicar água nas plantas antes da previsão de geada, pois a irrigação pode ajudar a manter a temperatura do solo e das plantas acima do ponto de congelamento.

Proteção de mudas: Manter as mudas em ambientes protegidos, como estufas, até que as condições climáticas melhorem.

Monitoramento: Acompanhar as previsões meteorológicas e estar preparado para agir rapidamente diante de alertas de geada.

JCV - Quais foram os sintomas visíveis de dano nas plantas causados pelo frio?

Aloisio - Os sintomas de danos causados pelo frio intenso nas lavouras de cultivos sensíveis incluem a descoloração das folhas, que podem apresentar tons de marrom ou preto, indicando morte celular. Frutos podem sofrer rachaduras ou apodrecimento, e o crescimento das plantas pode ser significativamente retardado. Em casos severos, as plantas podem não se recuperar, resultando em perdas totais.

JCV - Teremos perdas totais de safra ou apenas redução na produtividade?

Aloisio - Diante do inverno rigoroso, é esperado que os agricultores enfrentem perdas na produtividade ou atraso no desenvolvimento de boa parte dos cultivos, inclusive aqueles que toleram o frio. A redução pode variar de acordo com a cultura e a intensidade do frio, mas é comum que haja uma diminuição significativa na quantidade e na qualidade dos produtos colhidos, principalmente frutas e hortaliças de origem tropical.

JCV - Quais são as perspectivas para a recuperação das culturas afetadas?

Aloisio - A recuperação das culturas afetadas pelo frio depende de vários fatores, incluindo a extensão dos danos e as condições climáticas subsequentes. Em muitos casos, as plantas podem se recuperar parcialmente com o retorno de temperaturas mais amenas e manejo adequado. No entanto, algumas culturas podem exigir replantio, o que implica em custos adicionais para os agricultores.

JCV - Quais os principais relatos de agricultores que foram severamente afetados pelo frio?

Aloisio - Na nossa região, o principal impacto se mostra nas pastagens, com relatos de redução da qualidade e quantidade de forragem disponível para o gado, impactando a produção de leite e carne. Além do frio, a menor luminosidade dos dias de inverno impacta significativamente na agricultura. Com menos horas de luz solar, as plantas têm menos tempo para realizar a fotossíntese, impactando seu desenvolvimento vegetativo e reprodutivo.

JCV - Algo que gostaria de acrescentar?

Aloisio - Embora o frio traga desafios significativos, ele também oferece algumas vantagens, como o controle de pragas e doenças, a melhoria da qualidade de alguns cultivos de frutíferas e bebidas (vinho), a quebra da dormência de muitas frutíferas (pessegueiros, macieiras) e a possibilidade de implantação dos cultivos de inverno, permitindo a rotação de culturas.

 


Agudo

UFSM apresenta projeto de revitalização das avenidas Concórdia e Paraíso

O projeto de extensão Requalificação Paisagística da UFSM apresentou para representantes da Prefeitura de Agudo a proposta de renovação das avenidas Concórdia e Paraíso, na manhã desta sexta-feira (19), no auditório do curso de Arquitetura e Urbanismo, no campus sede. O projeto tem como objetivo transformar as principais avenidas do município em um espaço público de lazer, interação e integração social, além de valorizar o patrimônio cultural local, como a Paróquia São Bonifácio e a Casa Charlotte, construída em estilo colonial no século 19 e que hoje abriga o museu do Instituto Cultural Brasileiro Alemão da cidade.

Segundo o professor de Arquitetura da UFSM Luis Guilherme Pippi, foi o Poder Executivo municipal que procurou a universidade para a realização do projeto. O acordo de cooperação técnica foi firmado em abril do ano passado.

Para transformar as avenidas em um espaço onde a população permaneça e desfrute, em vez de uma simples via de deslocamento, a proposta prevê a ampliação da calçada e canteiros, instalação de vegetação urbana, bancos, floreiras, bicicletários, pergolados e estações de exercício. “O projeto vai gerar uma nova identidade única para Agudo, com qualidade urbana ambiental e paisagísticas que raramente são encontrados em outros lugares”, destaca o arquiteto Alessandro Diesel, da Pró-Reitoria de Infraestrutura.

“Nós não temos esse tipo de arquitetura na cidade de Santa Maria, apenas dentro da universidade por conta dos projetos que realizamos. Isso vai gerar uma identidade polo para Agudo e sua comunidade, além de ser um diferencial para o turismo”, completa o professor.

A proposta apresentada hoje será avaliada pelo Poder Executivo de Agudo. Após sua aprovação, começa a etapa de detalhamento técnico da planta, onde ocorre a determinação de onde serão alocados os elementos previstos nesta primeira apresentação. A entrega do anteprojeto para o poder público está prevista para outubro deste ano, o que vai marcar o encerramento do projeto de extensão.

Integram o projeto de Requalificação Paisagística: o Programa de Pós-Graduação em Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (PPGAUP), o Grupo de Pesquisa Planejamento e Projeto de Paisagem (GP Paisagem) e o Laboratório de Paisagem e Arquitetura (Parq), bem como as pró-reitorias de Planejamento (Proplan) e Infraestrutura (Proinfra).

 

Proposta inovadora, sustentável e viável

O projeto se diferencia por visar a criação de um espaço que, além da melhoria da mobilidade urbana por meio da criação de novos estacionamentos, ofereça mais segurança para os pedestres com esquinas compartilhadas e cruzamentos. A circulação alternativa (a pé ou de bicicleta) será incentivada por meio de uma pista multiuso, também destinada para pessoas com deficiência.

A sustentabilidade também está entre os aspectos principais da proposta, que conta com uma infraestrutura verde, com foco em arborização com plantas nativas, que além da função estética facilitam a permeabilidade do solo e tornam a drenagem mais eficiente por meio de valetas naturais.

O professor de Arquitetura destaca que essas características incentivam a população a frequentar e circular neste espaço, o que também pode favorecer comércios e serviços localizados nas avenidas. Para a elaboração do projeto foram utilizadas referências estaduais e também internacionais em arquitetura humanizada e verde, como as cidades de Porto Alegre, Gramado, Montevidéu e Buenos Aires, bem como Raleigh e Cary, nos Estados Unidos.

“O objetivo é transformar a avenida em um polo atrator, um espaço de permanência, como se fosse um grande parque. Isso beneficia moradores, comércio e valoriza o espaço público”, afirma o professor de Arquitetura.

 

Fonte: UFSM

Faxinal Do Soturno

CASA É CONSUMIDA PELO FOGO, EM FAXINAL DO SOTURNO

Na manhã desta segunda-feira (15), por volta das 11h, uma residência de madeira foi consumida pelo fogo, na localidade de Linha Nova Palma, em Faxinal do Soturno. De acordo com a moradora, Patrícia Pereira, tudo aconteceu muito rápido. “Morávamos eu, meu marido e três filhos. Dois deles estavam na escola, e o outro estava comigo. Houve uma queda de luz, e quando a energia voltou, ouvi um estouro. Vi, em um dos quartos, o fogo no fio. Desligamos o disjuntor, mas não deu tempo para mais nada. O fogo se alastrou muito rápido”, relatou ela à reportagem da Rede Jauru. A casa ficou destruída. “Perdemos tudo. É muito triste”, disse Patrícia.

Brigada Militar, Bombeiros Voluntários de Faxinal do Soturno, Nova Palma e Agudo, além dos Bombeiros Militares de Restinga Sêca atenderam a ocorrência


Faxinal Do Soturno

Conscientização e empatia: A história de Benício e a síndrome de Tourette

No dia 07 de junho é celebrado o Dia Nacional de Conscientização da Síndrome de Tourette, um transtorno neurológico caracterizado por tiques motores e vocais repetitivos e involuntários que geralmente começam na infância. Esses tiques podem variar em frequência e intensidade, e são acompanhados por uma sensação de alívio temporário após a sua execução. A reportagem do Jornal Cidades do Vale foi conhecer a realidade e o cotidiano da família de Faxinal do Soturno, Pamela Irion, 40 anos, e seu filho Benício Irion, 08 anos, que desde os quatro anos foi diagnosticado com a Síndrome de Tourette.

Pâmela conta que foi durante a pandemia que ela percebeu alguns comportamentos de Benício que chamaram sua atenção. "Ele tinha uma vida agitada, estava na escolinha, então quando tudo parou, eu e ele ficamos mais tempo em casa eu percebi que ele fazia alguns movimentos que tinham sequências. No começo comentei com algumas pessoas próximas e até ouvi que era coisa da minha cabeça, mas fui observando mais e procurei ajuda médica”, relatou.

Em 2021, ocorreu a primeira consulta. "A neurologista ficou com ele duas horas e veio me questionar o que eu pensava que poderia ser. Ela tinha uma suspeita de que poderia ser a Síndrome de Tourette e eu concordei, pois havia procurado saber sobre o assunto e as características batiam. Depois disso, tivemos outras consultas até compreender que realmente se tratava disso".

Pamela lembra que o primeiro tratamento não foi com medicamentos. "Com a certeza da síndrome, iniciamos um tratamento, mas não com remédios nesse primeiro momento, e sim com psicoterapia, psicopedagogia e apoio de uma educadora especial”. De acordo com ela, aos 5 anos, Benício teve uma crise e precisou de intervenção com medicamentos. "A partir daí foi necessário que ele tomasse remédios específicos para minimizar os sintomas. Sempre que ele está muito estressado ou triste, a frequência dos tiques aumenta", explicou.

Sobre o recebimento do diagnóstico, Pamela, que tem formação na área de educação e saúde mental, disse que foi um momento delicado. "Ninguém está preparado para isso, é um desafio diário lidar com o que vai acontecer, é uma situação nova. Eu costumo dizer que é como se você fosse na feira e comprasse uma banana e de repente te dizem que é uma laranja. Mesmo tendo formação na área e recursos financeiros, é algo que assusta no primeiro momento. Pensamos em como ele será aceito pela comunidade, como será sua convivência com as pessoas e como ele vai lidar com as situações que virão. Até que se acalma e passa a viver um dia de cada vez", relatou.

Um dos desafios, de acordo com Pâmela, é o preconceito. "Precisamos falar sobre isso, as pessoas excluem o que dizem ser diferente. Não só com a Síndrome de Tourette, mas em outras questões sociais também. Somos uma família atípica e queremos respeito. As pessoas são ruins no julgamento, ficam olhando, debochando, excluindo, isso nos entristece muito e traz muitas preocupações em relação à vivência dos nossos filhos. Ele tem a mesma capacidade que qualquer pessoa considerada 'normal', uma palavra que nem é adequada, mas as pessoas usam. Precisamos de mais empatia, que as pessoas compreendam esse universo".

Em Faxinal do Soturno, Pamela afirma que a rede de atendimento tem contribuído positivamente na vida de Benício. "Aqui encontramos apoio na rede. Ele consulta com as especialidades necessárias de forma gratuita, o que seria certamente algo acima de mil reais por mês se tivesse que fazer pelo particular, como em muitos momentos foi necessário. Agradeço ao município, à escola, por agilizarem o encaminhamento dele e agora ele tem esse atendimento de qualidade, que é indispensável para o desenvolvimento dele".

Pamela disse que sempre teve uma transparência muito grande para tratar o tema com o filho. "Dentro do entendimento dele, eu explico do que se trata. Ele sempre soube sobre a síndrome, e conforme cresce, vou explicando ainda mais, para que ele possa normalizar isso quando as pessoas perguntarem e saber explicar do que se trata. Benício disse que na escola os coleguinhas às vezes acham estranho os tiques. 'Alguns ainda me olham, mas minha mãe disse que eu não sou estranho, sou descolado. Afinal, nem todo mundo é igual, os cabelos, os olhos, e o meu jeito também não é igual ao de todo mundo', disse ele.

Pamela ressaltou a importância da rede de apoio nos cuidados. "Nós precisamos socializar com as pessoas, precisamos do apoio dos familiares. Sozinha é muito mais difícil. Eu tinha apoio na cidade onde morava com o pai dele, e agora tenho os avós, meus pais e demais familiares que colaboram comigo, e isso faz a diferença na vida dele. As mães atípicas precisam procurar outras mães para falarem sobre o assunto, trocarem experiências, isso é muito importante, porque as mães e pais também precisam aprender diariamente lidar com cada situação que acontece”.

Finalizando ela deixou uma dica de filme para as pessoas saberem mais sobre o assunto. “Para entender melhor assunto eu aconselho as pessoas a assistirem o filme “Primeiro da Classe’, que mostra o drama e a perseverança de Brad que luta para ser professor, mesmo sendo portador da Síndrome de Tourette, o mesmo só podia contar com o apoio do seu irmão e da sua mãe em realizar o seu sonho”, concluiu ela.


Geral

Conta de energia terá aumento em Julho com bandeira amarela

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, a partir de julho, as contas de energia elétrica sofrerão um acréscimo devido à implementação da bandeira tarifária amarela. Esta mudança, a primeira desde abril de 2022, é resultado da previsão de chuvas abaixo da média e do aumento no consumo de energia.
Todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN) sentirão o impacto desse ajuste, que adicionará um custo extra às contas de luz. Conforme comunicado da Aneel, a medida foi tomada devido à previsão de chuvas 50% abaixo da média até o final do ano e ao esperado crescimento na demanda de energia.

Condições climáticas e operação das termelétricas
A previsão de um inverno mais quente que o habitual, combinada com a falta de chuvas, faz com que as usinas termelétricas precisem ser acionadas, resultando em um custo maior na geração de energia em comparação com as hidrelétricas.

Impacto financeiro nas contas de energia
Com a bandeira amarela, as condições para a geração de energia se tornam menos favoráveis, resultando em um acréscimo de R$ 1,885 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Desde abril de 2022, a bandeira verde, que indica condições favoráveis, vinha sendo mantida continuamente.

Entenda o sistema de bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi desenvolvido para informar os consumidores sobre os custos de geração de energia e mitigar os impactos financeiros nas distribuidoras. Atualmente, os recursos são cobrados mensalmente por meio da "conta Bandeiras" e transferidos às distribuidoras, refletindo os custos variáveis da produção de energia.

Motivos para a mudança
A alteração para a bandeira amarela em julho foi motivada pelo risco hidrológico e pelo aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). Não houve despacho fora da ordem de mérito, que é decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

Abrangência da audiência

Veja a lista de cidades que nossa cobertura de sinal atinge:

Agudo; Alto Alegre; Arroio do Tigre; Boa Vista do Incra; Caçapava do Sul; Cacequi; Cachoeira do Sul; Campos Borges; Candelária; Cerro Branco; Cruz Alta; Dilermando de Aguiar; Dona Francisca; Encruzilhada do Sul; Espumoso; Estância velha; Faxinal do Soturno; Formigueiro; Fortaleza dos Valos; Ibarama; Itaara; Ivorá; Jacuizinho; Jaguari; Jari; Jóia; Júlio de Castilhos; Lagoa Bonita do Sul; Lagoão; Mata; Nova Palma; Novo Cabrais ; Paraíso do Sul; Passa Sete; Passa Sete; Pinhal Grande; Quevedos; Quinze de Novembro; Restinga Seca; Rosário do Sul; Salto do Jacuí; Santa Margarida do Sul; Santa Maria; Santana da Boa Vista; São Gabriel; São João do Polêsine; São Martinho da Serra; São Pedro do Sul; São Sepé; São Vicente do Sul; Segredo; Silveira Martins; Sobradinho; Toropi; Tunas; Tupanciretã; Vila Nova do Sul;

Abrangência de Audiência

cidades alcançadas

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