Para algumas mães, o Dia das Mães não é feito de flores, mas de silêncio. É o dia em que o amor permanece, mas o colo fica vazio. Quando a ordem natural da vida se inverte e o filho parte antes da mãe, o mundo parece perder o compasso. Ainda assim, essas mães seguem sendo mães com um amor que não tem fim, mesmo que a presença física tenha cessado.
É isso que tem vivido a mãe, Morgana Curcino. A sua filha Ashley faleceu no dia 29/02/2024 aos 22 anos de idade, menos de um mês depois de passar por transplante de medula óssea, do qual Morgana foi doadora. Ela vinha lutando contra infecções desde fevereiro de 2022, mas somente em novembro de 2023 recebeu o diagnóstico de uma doença genética rara. Menos de quatro meses após o diagnóstico ela faleceu.
A reportagem do Jornal Cidades do Vale entrevistou Morgana. Confira na íntegra o sentimento, e como tem sido esses momentos difíceis na vida dela:
JCV - Quais são as lembranças mais bonitas que você guarda dela?
Morgana: Guardo a lembrança de uma filha muito amorosa, carinhosa, muito presente. Ela era muito ligada a nós. Não saía sozinha, sempre conosco. Uma menina simples, muito forte, resiliente, de muita luz, com muita força, fé e serenidade. Muito dedicada aos estudos, muito educada e dócil com todos que convivia.
JCV - Como você tem se sentido ultimamente?
Morgana: Perder um filho é a maior dor do mundo! Mas eu não perdi minha filha, eu a ganhei por 22 anos! Por 22 anos Deus me emprestou uma filha maravilhosa! Sinto muita saudade dela todos os dias, a cada segundo do meu dia. Estou em busca do meu autoconhecimento, porque depois que uma mãe devolve um filho para Deus, ela não se reconhece mais, ela precisa se reencontrar com ela mesma. Estou vivendo um dia de cada vez. Alguns dias com muita paz, outros dias com muita dor.
JCV - O que tem te ajudado a seguir em frente nos dias mais difíceis?
Morgana: Deus, a espiritualidade, meus outros dois filhos e ela, minha doce filha. Dois meses após a partida dela eu comecei a trabalhar e isso também tem me ajudado muito a me manter em pé. Também faço terapia.
JCV - Tem algo que você gostaria que as pessoas entendessem melhor sobre a sua dor?
Morgana: Sim. Quem perde os pais é órfão. Quem perde o companheiro (a) é viúva (o). Mas quem perde um filho, é o que? Não existe nome, é uma dor sem nome. Gostaria que a sociedade compreendesse que não existe superação para a morte de um filho. Existe um recomeço, mas superação, não. Não tem como superar a partida de um filho. Você supera uma separação, a perda de um emprego, de algo material. Mas a morte de um filho não. Gostaria muito que as pessoas aprendessem a respeitar a dor de uma mãe e de um pai e que não os julgassem.
JCV - Como você gostaria que sua filha seja lembrada?
Morgana: Quero que ela seja lembrada como uma menina resiliente, forte, determinada, dócil, educada. Minha filha enfrentou a doença dela de cabeça erguida, estudou doente, fez o Enem durante o tratamento, debilitada. No último Enem dela, faltou apenas 50 pontos para a aprovação em Medicina que ela tanto sonhava. Que os jovens possam se espelhar na força e determinação que ela tinha, que mesmo em meio a tantas dificuldades nunca deixou de lutar e de acreditar na cura dela.
JCV -O que mudou na sua forma de ver a vida depois da partida da sua filha?
Morgana: Aprendi que estamos aqui só de passagem e que nada aqui é nosso, tudo nos é emprestado. Bens materiais não possuem valor algum, são só coisas que nos são emprestadas para usufruirmos enquanto estivermos aqui. Aprendi que devemos auxiliar quem precisa e que sempre terá alguém do nosso lado precisando de ajuda, seja de um abraço, seja de uma peça de roupa ou de um alimento. Hoje tenho consciência de que a minha vida não será mais a mesma e de que meu sorriso não terá mais a mesma alegria, porque falta um pedaço meu aqui. Depois de um acontecimento desses não tem mais como ser 100% feliz, mas 60% eu acredito que dê e eu vou em busca disso. Hoje estou me permitindo viver intensamente o meu luto, acredito que não podemos pular isso.
JCV - Quais foram os momentos mais difíceis desse processo de luto?
Morgana: O dia da despedida e o dia a dia. A ausência física dela no dia a dia dói demais. O acordar pela manhã é muito difícil, sair da cama e enfrentar o dia sem ela. Chegar em casa à tardinha e não a encontrar é sempre muito difícil. As datas comemorativas também são parte muito difícil neste processo.
JCV - Você encontrou apoio em alguma rede, grupo ou espiritualidade?
Morgana: Sim. Assim que tudo aconteceu, busquei ajuda psicológica e faço acompanhamento até hoje. Também comecei a participar de grupos de mães enlutadas, onde todas compartilham suas histórias e experiências. Comecei a ler muitos livros de autoajuda e livros espíritas. Passei a frequentar as missas. Busco inspiração em outras mães que já passaram por isso. Converso muito com outras mães enlutadas. Me inspiro muito na Cissa Guimarães e na Ana Carolina Oliveira (mãe da Isabela Nardoni).
JCV - Como tem sido manter viva a memória dela no dia a dia?
Morgana: Eu faço questão. Sempre gostei muito de fotografia, sempre tive fotos dos meus filhos pela casa, sempre gostei de registrar todos os momentos deles e depois que tudo aconteceu espalhei mais fotos pela casa. Também sempre gostei muito de postar nas redes sociais e de escrever e isso se intensificou com a partida dela. Através das redes sociais consigo expressar a minha dor e manter a memória dela viva. Penso em quem sabe um dia, escrever um livro sobre ela e que possa servir para acalentar os corações de outras mães.
JCV - Como é para você seguir sendo mãe todos os dias, dividindo o luto com o amor e os cuidados pelos outros filhos?
Morgana: É difícil explicar... Ser mãe todos os dias depois da perda é como aprender a viver com uma parte de mim faltando, é um exercício constante de amor e força. É um grande desafio, um desafio diário, porque a gente fica tão focada na nossa dor, naquela ausência do filho que partiu, que corremos o risco de acabar deixando os outros filhos de lado. Eu sempre dividi essa preocupação com a minha psicóloga, esse medo de acabar negligenciando o meu papel de mãe com os meus outros filhos. O luto está sempre ali, às vezes ele me engole, outras vezes ele só me acompanha. Ao mesmo tempo, meus filhos que estão aqui me puxam para a vida, eles são luz e motivo para continuar. Eles precisam de mim, e eu preciso deles. Cuidar deles, vê-los crescer, rir e sonhar, me lembra que o amor é maior que a dor. O amor que sinto por eles me dá forças, mesmo nos dias em que tudo parece pesado demais. Eu aprendi que posso sentir saudade e amor ao mesmo tempo. Posso chorar por quem se foi e sorrir por quem está aqui. E é assim que eu sigo: um dia de cada vez, tentando ser a melhor mãe que consigo ser, mesmo com o coração em pedaços. É difícil, mas também é uma forma de honrar quem partiu e valorizar intensamente quem está comigo.
JCV - Algo que tu queira acrescentar:
Morgana: A vida aqui é uma passagem, é muito rápida e nos pega de surpresa muitas vezes. A gente nunca pensa que as coisas vão acontecer com a gente. Eu nunca imaginei que um dia Deus me pediria um dos meus filhos de volta. Se você tem algo para resolver com alguém, resolva enquanto ainda há tempo, peça desculpas, abrace, diga que ama. Minha filha sabia o quanto eu a amava. Ela foi embora sabendo disso, sabendo que eu sempre fiz tudo e faria muito mais. Vivemos sempre numa correria, como se não fossemos morrer um dia e esquecemos do quão preciosa a vida é. A minha filha queria muito viver, lutou muito até o último segundo. Tinha sonhos e planos para ela e para nós. Eu aprendi muito com ela e tenho certeza do nosso reencontro. Enquanto esse dia não chega, eu vou seguir minha caminhada honrando a memória dela.
A mamãe de Agudo, Roberta Schmengler, 24 anos, viveu o primeiro Dia das Mães, ao lado do pequeno Gonçalo Schmengler Franke, com 14 dias de vida nesta segunda -feira (12). Roberta, a Beta, é filha da Márcia Schmengler, irmã da Amanda, e viveu a experiência de ser mãe. Em entrevista à reportagem, ela contou que sempre quis ter um filho. “Falava para a minha mãe que meu sonho era ter minha família. Esse era um pensamento meu. Muitos pensam em adquirir bens materiais, mas eu sempre tive esse desejo de ter meu filho. Claro, não foi planejado, mas aconteceu, e, desde o primeiro dia, ele foi muito amado”, relatou.
Roberta e Felipe Franke, o pai do Gonçalo, lembram como foi a descoberta da gravidez. “A Roberta começou a sentir uns sintomas: muito sono, uns desejos estranhos, tipo comer doce com salgado. Eu fiquei observando e pensei: isso aí não está normal. Aí conversamos e, no domingo, dia 8 de setembro de 2024, ela fez o teste. Isso está muito vivo na minha memória, foi à noite. Eu fiquei no quarto, e ela veio. Até pensou em fazer surpresa, mas não conseguiu. Chegou e disse que tinha dado positivo. Não tivemos reação, só rimos, e, a partir daí, começou um misto de sentimentos”, contou Felipe.
Após o positivo no teste de farmácia, Roberta contou que fez o exame de sangue para ter certeza. “Os testes de farmácia estão cada vez mais certeiros, mas, claro, a gente fez o de sangue, e confirmou. Então, fui procurar os médicos, fazer os exames, o pré-natal, acompanhar o desenvolvimento do bebê. Até então não sabíamos o sexo, mas sempre tive a convicção de que era um menino. O Felipe achava que era menina, mas, no fim, veio o Gonçalo.”
Roberta relatou que o período da gravidez foi tranquilo. “Sentia só muita dor de cabeça e azia. Foi isso que mais senti. De resto, parecia tudo normal. Claro, fui sentindo com o tempo a mudança no corpo, a barriga crescendo. Mas posso dizer que, comparado com outras mamães, foi bem tranquilo. No final, sim, fiquei bastante inchada, mas isso faz parte”, disse ela.
Em relação ao parto, Beta disse que já havia decidido que seria cesárea. “Isso ficou definido desde o começo. Procuramos um plano de saúde e já organizamos tudo. Queria ganhar em Agudo, mas infelizmente não fechou a equipe. Então, ele nasceu no Hospital de Caridade São Roque, em Faxinal do Soturno, onde fomos bem tratados, com um atendimento diferenciado. Não estava nervosa, até chegar no bloco cirúrgico. Inclusive, minha pressão subiu muito, mas depois, com medicação, deu tudo certo. E às 8h34 do dia 28 de abril, o Gonçalo veio ao mundo com 3.640g e 49cm”, lembrou ela.
A chegada de Gonçalo, de acordo com a mãe Roberta, foi emocionante. “Foi muito natural. Pedi para colocar uma música, a equipe que me atendeu me passou muita tranquilidade, e o Felipe esteve ao meu lado o tempo todo. Fiquei consciente, e, quando ouvi o choro dele, pensei: agora eu sou mãe. É um sentimento inexplicável. A gente sente muita coisa ao mesmo tempo, felicidade, medo. Eu estava na expectativa de ver ele. É um momento que eu nunca vou esquecer. Foi então que levaram ele, fizeram o que era necessário, e logo depois o Felipe me trouxe ele. Então, o meu filho estava comigo. O nosso primeiro contato foi lindo.”
Gonçalo tem 11 dias de vida, completados nesta sexta-feira, e, nesse tempo, os papais relatam os desafios e o sentimento de estar com ele. “Claro, não é simples. É tudo novo, a gente se preocupa, quer cuidar, mas estamos vivendo os nossos melhores 11 dias da vida. Tudo compensa quando olhamos para ele. Estamos recebendo muito carinho de familiares, amigos. Esse apoio também é importante. Vamos aprendendo todos os dias com cada descoberta. É uma fase desafiadora, mas de muito amor”, disse Felipe.
Por fim, Roberta ressalta a importância de escolher um pai parceiro. “O Felipe é um paizão. Ele sempre gostou de criança, como eu. Então, ele tem feito tudo: dá banho, troca, faz comida, limpa a casa. Enfim, é um momento de muita cumplicidade entre nós também. Porque eu venho de uma cesárea e mesmo estando tudo bem, fico um pouco limitada e ele comigo me dá mais segurança. Sabemos que tem muita coisa pela frente, mas vamos sempre fazer o melhor pelo nosso filho”, concluiu.
Um acidente com ônibus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ocorrido na sexta-feira (4), em Imigrante, no Vale do Taquari, vitimou sete pessoas, entre elas, a bancária Flavia Marcuzzo Dotto, 44 anos, de Vale Vêneto, distrito de São João do Polêsine. Na sexta-feira, Flavia viajava no ônibus do Colégio Politécnico como aluna do curso de Paisagismo.
A prima segunda e comadre, Jussara Maria Bortoluzzi, disse à reportagem do Jornal Cidades do Vale que o momento é muito difícil. “Nós éramos comadres, amigas, confidentes, uma irmã, pois só tínhamos irmãos homens, então tínhamos essa cumplicidade de irmãs mesmo”, contou ela.
Questionada como era a Flavia no dia a dia, Jussara a descreve como sendo um ser de luz. “A Flávia era luz, uma fortaleza, mesmo quando parecia estar fragilizada. Era muito bom estar perto da Flavia e amar a Flávia. Como me disse o irmão dela depois que recebemos a trágica notícia: ‘Ju, quem amou, amou’, porque quem a conheceu não tinha como não amá-la. Onde ela chegava, brilhava, contagiava com seu sorriso, que era lindo. Ela era linda, alegre, essa era a Flavia. Sempre de bem com a vida, contagiando quem estava ao redor. E guerreira perante a criação de seus filhos e cuidando dos familiares. Que ela cumpriu a missão dela brilhantemente”.
A comadre conta que a relação era de muitos encontros. “Tínhamos relação de irmãs, de se falar e se ver para o mate, ou o vinho, ou um espumante, sempre que dava, mas principalmente o mate. Ela amava seu chimarrão. Quando íamos para algum lugar, ela sempre dizia: ‘Eu levo o mate, comadre’. Morávamos próximas em Santa Maria e também de nossos pais em Vale Vêneto. E também de viagens, fizemos várias viagens juntas, e, de novo, a Flavia era nossa guia: fazia o roteiro, nossa historiadora (comprava livros dos lugares que íamos visitar para sabermos a história antes), organizava tudo, comprava as passagens, os tickets de trem, metrô, reserva de hotéis, tudo organizado. Ela amava viajar. E eu conheci todos os lugares que sonhei conhecer porque ela se empenhou em organizar. Eu só embarquei e fui, e por isso sou eternamente grata”, relembra Jussara.
Jussara conta que conhecia Flavia desde criança. “A gente se conhecia desde criança, porque quando eu estudava, tinha meus dez, onze anos, eu parava na casa da avó dela, em Vale Vêneto, porque era mais perto do colégio para estudar. Então, o avô dela era irmão da minha avó, então eu parava para estudar. Ela era uma bebê, e eu conhecia a Flávia. A Flavinha era linda, era uma boneca. A gente foi crescendo e, no final de semana, sempre no Vale, ela vinha, e eu ficava esperando para a gente brincar. Na faculdade, cursamos o mesmo curso, eu antes e ela depois, Ciências Contábeis, na Universidade Federal de Santa Maria. Ela casou e veio a família dela, e eu fui dinda, e veio crescendo assim até sexta passada. Essa amizade, essa cumplicidade de viagens... então a gente se conheceu muito criança ainda, antes dos meus 10 anos. A nossa diferença de idade é de cinco anos, ela 44, eu 49.”
Em relação ao sonho de Flavia, Jussara conta que era construir uma casa em Vale Vêneto. “Ela queria morar em Vale Vêneto. Como ela dizia: ‘Minha tranquilidade, minha paz, meu chimarrão, na minha casa, no meu canto, em Vale Vêneto.’ Esse era o sonho dela, recente assim, e acho que ela já estava quase concretizando. Ela estava vendo já local, projeto, então era um sonho já muito palpável na vida dela. Também fazer a faculdade de Paisagismo. Ela me contou uma semana antes que ela ia fazer alguma coisa por ela, que ela gostava, que era a faculdade de Paisagismo, que ela iria iniciar em março, final de março, e estava empolgadíssima, já tinha comprado um livro de plantas, porque ela amava plantas. E então esse era o sonho recente que ela estava realizando: o da faculdade e o da casa em Vale Vêneto.”
Jussara diz que tem sido difícil aceitar o que aconteceu. “É como um pesadelo. A gente tenta aceitar, por ela, mas ainda é difícil. Ela tinha uma presença tão forte, tão cheia de luz, que parece que, a qualquer momento, vai voltar. Mesmo depois de termos nos despedido, ainda espero ouvir sua voz: ‘Oi, comadre! Vai passar aqui hoje?’ A ausência dela ainda não foi assimilada. A dor é grande, constante, e todos sentimos isso. Esperamos que, com o tempo, essa dor vire saudade. Mas, por enquanto, parece que ela ainda está por aqui, e que a qualquer instante vai aparecer com aquele jeitinho doce e meigo de sempre.”
A notícia do falecimento de Flavia chegou a Jussara por meio do irmão dela, que atua junto com ela na Prefeitura de Polêsine. “Quis o destino que ele estivesse perto de mim nesse momento. Almoçamos juntos, ele foi ao banheiro e voltou branco, e não conseguia se expressar. Quando me mostrou o acidente no celular, eu não estava entendendo, e ele me disse: ‘A Flávia estava nesse ônibus.’ Eu até então não sabia que ela tinha viajado. E, a partir daí, começamos a ligar e ficamos sem informações. Sabíamos que ela tinha ido na viagem, mas a universidade não confirmava nada. O irmão ligava para o celular dela e ninguém atendia. Então foi uma tarde de desespero. Passado das 18h, recebemos a confirmação do falecimento”, contou.
Colegas do banco de Faxinal do Soturno lembram com muito carinho da Flavia.
Flavia Marcuzzo Dotto iniciou sua trajetória no Banrisul em 14/12/2009, na Agência Baltazar Garcia, em Porto Alegre. Visando conciliar a sua atividade profissional com a vida pessoal, transferiu-se para a Agência de Faxinal do Soturno em 1º/03/2012. Em pouco tempo, sua competência ficou evidenciada. No mesmo ano, foi selecionada para desempenhar uma função especializada junto à Plataforma da Pessoa Jurídica de Grandes Empresas na Superintendência Fronteira, em Santa Maria, onde ficou por aproximadamente seis anos. Sempre na busca de novos desafios, transferiu-se para o atendimento da pessoa física em 2018. Pelo notável desempenho, em 2021, foi selecionada para a função de Operadora de Negócios da pessoa física, retornando para a Agência Faxinal do Soturno como responsável pelo gerenciamento de uma carteira de 650 clientes. Em 07/2022, retornou para a AG Medianeira, em Santa Maria, no desempenho da mesma função.
Marcos Cezar Roggia Ragagnin e Sandra Streppel:
“O que falar da nossa amada colega e amiga Flavia Marcuzzo Dotto? Nem todas as palavras do mundo seriam suficientes para expressar o quanto ela era especial, fora da curva, extraordinária. Só de tocar no teu nome, a voz já embarga e o peito aperta. Viveu uma vida pessoal e profissional plena, buscava descansar principalmente aos finais de semana em Vale Vêneto, onde recebia amigos e compartilhava bons momentos junto à família. Estava em um momento muito feliz da sua vida, retomando os estudos através do curso de Paisagismo — um sonho e um hobby que se concretizavam. Era uma mãe, esposa, irmã, filha e amiga exemplar, sempre pronta e preocupada em ajudar todos ao seu redor. Apaixonada por viagens, sempre organizando e pensando o próximo destino. Mulher forte, determinada e inquieta, sempre disposta a aprender e a reunir as pessoas que gostava. Deixou marcas profundas na vida de quem teve a honra de conviver contigo. Teu legado e tua energia contagiante jamais serão esquecidos. Ficam as boas lembranças e a certeza de que cumpriu sua jornada com maestria. Um exemplo a ser seguido de resiliência e empatia. Só podemos dizer que sentiremos muitas saudades... Zela por nós e pela tua família aí de cima. Você era luz, e como você sempre dizia em momentos difíceis: ‘Acalma teu coração’.”
Nilza De David Chelotti, amiga e colega da Flavia:
“É difícil colocar em palavras o que sentimos quando alguém tão especial parte. Flávia não era apenas uma colega — foi uma amiga generosa, uma presença luminosa e constante em nossas vidas. Sua partida deixa um vazio profundo, mas também uma imensa gratidão por termos compartilhado com ela tantos momentos maravilhosos, de alegria e leveza. Flavinha tinha esse dom raro de transformar o ambiente ao seu redor com um sorriso, com uma palavra de apoio, com o seu jeito acolhedor e cheio de luz. Era daquelas pessoas que escutava de verdade, que enxergava além das aparências e que sabia estar presente de forma íntegra e sincera. A sua amizade foi um presente que levaremos para sempre no coração. É impossível não sentir saudade — da sua risada, das conversas, dos abraços, da força tranquila que transmitia mesmo nos momentos difíceis. Mas escolhemos lembrar da Flávia com a ternura que ela nos ensinou: celebrando sua vida, sua coragem, sua sensibilidade e a beleza que espalhou por onde passou. Seguiremos em frente, levando um pouco da sua luz em cada gesto de carinho, em cada ato de gentileza. E guardaremos com afeto a memória de quem soube ser colega, amiga, companheira e inspiração. Obrigada, Flavia, por tudo o que você foi e continuará sendo em nós. Com amor e saudade.”
Nas águas da Barragem da Usina de Itaúba, em Pinhal Grande, há um pescador que se destaca não apenas pelo ofício, mas pela companhia inusitada que leva a cada jornada. Silvio Dias, mais conhecido como Bodinho, é um verdadeiro ribeirinho. Com a sua canoa e uma tripulação fiel, ele sai pelo rio ao lado de seus oito companheiros inseparáveis – mas não são humanos, e sim cães aventureiros.
Bingo, Mana, O Mano, Chico, Princesa, Cólera, Beto Vem e Colerinha são os parceiros fiéis de Bodinho. Sem nunca terem recebido qualquer tipo de treinamento, os cachorros aprenderam sozinhos a se equilibrar na canoa e a embarcar nas pescarias diárias. “Ninguém ensinou, eles aprenderam por conta própria”, conta Bodinho com orgulho, enquanto observa a tropa navegadora tomar posição para mais um dia de pesca.
Além de viver da pesca, Bodinho também é um grande defensor da natureza. Para ele, preservar o rio e seus arredores é tão essencial quanto garantir o peixe do dia. E com uma tripulação dessas, a pesca nunca é solitária – pelo contrário, é uma verdadeira aventura, onde lealdade e amizade navegam juntas pelas águas de Itaúba.
O faxinalense Pedro Afonso Scapin Belbon Taborda, 10 anos, foi selecionado para compor a base da Chapecoense, em Chapecó (SC). Filho de Neide Scapin e de Nicksandro Taborda, Pedro joga futebol desde seus quatro anos de idade, seu maior incentivador e admirador foi seu pai Nicksandro. Em entrevista ao Jornal Cidades do Vale, Neide contou como é a convivência do filho no dia-a-dia e a sua paixão pelo futebol. Confira a entrevista na íntegra.
JCV - Como é o Pedro no cotidiano, na escola?
Neide - Pedro, é um guri exemplar, um coração gigante, muito dedicado, mas bastante genioso, à semana dele aqui no Sul já era puxada, fazia personal três vezes na semana, duas horas de inglês semanal, treinava no Cruzeiro com o prof. Jorge 2 vezes na semana, estudava no Adelina, das 07h às 11h30. Alimentação regrada. Sempre que podia, estava com uma bola debaixo do braço. Guri determinado com seus objetivos, na escola sempre foi bem, acredita em Deus, ama sua família, leal com os amigos, apaixonado pelos primos e pela mana Renata.
JCV - Quando o Pedro se interessou pelo futebol?
Neide - Pedro joga futebol desde seus quatro anos de idade, seu maior incentivador e admirador é seu pai, Nicksandro. Na escolinha da Chapecoense de Santa Maria, coordenada pelo professor e técnico Tiago Duarte e seus assistentes Gleisson Vasconcelos e Elisandro Dalanora. Muito competitivo, não entra em campo para perder. No decorrer destes 06 anos de jogador da Chapecoense de Santa Maria, conquistou vários títulos de campeão, das sub´s quais ele representou, este ano foi campeão com a equipe da Escolinha Chapecoense de Santa Maria, na Copa PRS, marcando seus 08 gols. Na copa de aniversário da Chapecoense, dia 08 de março, marcou seus 06 gols, nesta trajetória conquistou suas 20 medalhas algumas delas entre artilheiro, jogador destaque e goleador.
JCV - Para qual time ele torce (Grêmio, Inter ou pra própria Chape)?
Neide - Colorado de alma e coração e claro o time da Chapecoense.
JCV - Como chegou o convite pra jogar na Chapecoense?
Neide - Tiago Duarte, o técnico dele, encaminhou para uma avaliação de três dias em Chapecó, no final da copa de aniversário da escolinha da chape, dia 08 de março após receber o troféu de campeão da sub 11, fomos para Chapecó, Pedro, pai e mãe. Lá ele participou de avaliações com a corporação técnica responsável. Voltamos para o sul , cheios de alegria de poder participar com ele em um momento muito importante da vida dele, e aguardando o resultado que só iria sair dia 14 de março. Na terça-feira dia 14 veio o resultado. Recebemos a notícia de que o Pedro havia passado nas avaliações, e que na quinta feira às 14h era para se apresentar em Chapecó.
JCV - Qual foi a reação da família?
Neide - Um misto de muitas emoções, entre alegrias um tanto de preocupação, pela mudança repentina, mas soubemos administrar o momento e apoiar ele, em conversa perguntei se ele estava preparado, me respondeu com segurança que sim, que ele iria, e daria o melhor dele como sempre, e que Deus havia ouvido suas orações, isso nos tranquilizou, e seguimos para Chapecó na quinta-feira, para ver moradia e colégio, ele seguiu dizendo, nunca foi sorte sempre foi Deus.
JCV - Com quem o Pedro vai morar em Chapecó?
Neide - Vai morar com o pai. Ele será acompanhado em todos os momentos, pela sua família.
JCV - Como está o coração de mãe? Tranquilo?
Neide - Mesmo sabendo que faz parte da vida e por ele ter apenas 10 anos de idade, o coração apertado, misturado de orgulho e saudade. Entre nós existe um amor imenso que supera qualquer distância. Todos os dias nos falamos e ele está super seguro, focado.
É a emissora líder na região da Quarta Colônia de imigração Italiana do Rio Grande do Sul, fundada em 1° de fevereiro de 1975, e sua abrangência cobre todo o território da Quarta Colônia.
Somos uma Emissora segmentada em jornalismo, em especial, Local e Regional, onde procuramos, em conjunto com as forças vivas destes municípios, de forma integrada buscar o desenvolvimento de toda esta Região. Procuramos sempre fazer um rádio propositivo, para mantermos vivo nosso slogan de ser sempre " A Voz da Quarta Colônia".
Tiragem: 2.500 exemplares
Circulação: Agudo, Dona Francisca, Camobi, Faxinal do Soturno, Santa Maria, Ivorá, Nova Palma, São João do Polêsine, Pinhal Grande, Silveira Martins, Restinga Sêca.
É líder em audiência no seu segmento, com abrangência de mais de 40 municípios. Muita musica, entretenimento e interação com o público são suas características e sua audiência e liderança crescem cada vez mais.
Veja a lista de cidades que nossa cobertura de sinal atinge:
Agudo;
Alto Alegre;
Arroio do Tigre;
Boa Vista do Incra;
Caçapava do Sul;
Cacequi;
Cachoeira do Sul;
Campos Borges;
Candelária;
Cerro Branco;
Cruz Alta;
Dilermando de Aguiar;
Dona Francisca;
Encruzilhada do Sul;
Espumoso;
Estância velha;
Faxinal do Soturno;
Formigueiro;
Fortaleza dos Valos;
Ibarama;
Itaara;
Ivorá;
Jacuizinho;
Jaguari;
Jari;
Jóia;
Júlio de Castilhos;
Lagoa Bonita do Sul;
Lagoão;
Mata;
Nova Palma;
Novo Cabrais ;
Paraíso do Sul;
Passa Sete;
Passa Sete;
Pinhal Grande;
Quevedos;
Quinze de Novembro;
Restinga Seca;
Rosário do Sul;
Salto do Jacuí;
Santa Margarida do Sul;
Santa Maria;
Santana da Boa Vista;
São Gabriel;
São João do Polêsine;
São Martinho da Serra;
São Pedro do Sul;
São Sepé;
São Vicente do Sul;
Segredo;
Silveira Martins;
Sobradinho;
Toropi;
Tunas;
Tupanciretã;
Vila Nova do Sul;
57