Rômulo Bianchi, de 86 anos, com a memória em dia, recebeu a reportagem do Jornal Cidades do Vale para relembrar o passado e refletir sobre os desafios do presente
O moinho é mais do que uma simples máquina de moer grãos. Em suas engrenagens estão guardadas memórias de trabalho, sustento e dedicação. Essa definição cabe perfeitamente à história do Moinho Bianchi, em Silveira Martins, liderado por Rômulo Bianchi, de 86 anos, que com a memória em dia, recebeu a reportagem do Jornal Cidades do Vale para relembrar o passado e refletir sobre os desafios do presente.
A trajetória começou em 1966, quando, com apoio financeiro do pai, Rômulo deu início ao empreendimento. Ele recorda que uma família da região já realizava esse trabalho, mas após uma enchente que destruiu a roda do antigo moinho, a atividade foi interrompida. “Perguntamos se eles tinham interesse em retomar, disseram que não. Então, entendendo a necessidade da época e com a ajuda do meu pai, começamos o trabalho. Nos primeiros anos moíamos trigo e depois passamos para o milho, que é feito até hoje”, contou.
Com o passar do tempo, o trigo deixou de ser viável. “Era mais caro comprar trigo do que a farinha pronta, então não havia lucro. Em 1972, passamos a trabalhar só com milho. Tivemos que adaptar as máquinas, e desde então seguimos com esse produto. Temos a nossa marca, a Bianchi, e também prestamos serviço para outras marcas”, explicou.
Olhando para trás, Rômulo compara o cenário de ontem e de hoje. “Antigamente se ganhava mais dinheiro. Tudo o que conquistei saiu daqui, foi um período muito bom. Agora está difícil, seguimos quase por teimosia (risos). São muitas exigências, adequações, vigilância sanitária, bombeiros, tudo custa dinheiro. Minha vida foi aqui dentro, mas no futuro é algo que teremos que repensar.”
A tradição já passou para as mãos do filho Ricardo, que assumiu em 1990. “Eu só ajudo, mas ele está à frente. Foram 59 anos aqui dentro, muito pó na roupa, as mãos calejadas de abrir saquinhos. Antes tudo era manual, hoje já está mais automatizado. O Júnior, meu outro filho, seguiu outro ramo em Santa Maria”, relatou.
Além do moinho, a família também atua na agricultura, especialmente na produção de soja, atividade iniciada em 1994, em uma área de 300 hectares. “É sempre uma luta, um ano melhor, outro nem tanto, mas seguimos com muito esforço, como todo mundo”, resumiu Rômulo.
O moinho Bianchi, é um dos únicos que permanece ativo na região.
Aos 72 anos, Marite Fátima Giuliani da Costa se despede de uma trajetória marcada pela dedicação à dança tradicionalista e à formação de novas gerações. Seu envolvimento começou ainda jovem, na primeira Invernada de Danças do CTG Coração do Rio Grande, após convite do patrono Eusébio Roque Busanello e da professora Aracy Cervo, referência em danças tradicionais de Cruz Alta. “Dancei por muitos anos, tendo sempre bons professores, e desde o primeiro instante senti que viveria para sempre esta emoção”, lembra Marite.
Ao longo de sua trajetória, ela assumiu diversos cargos no CTG: posteira da Invernada Artística, coordenadora cultural, instrutora de danças e, por duas gestões, Patroa da entidade. “Só assumi o cargo de Patroa quando me senti preparada. Vinha observando e participando de tudo o que acontecia dentro das nossas tradições. Cada patrão que me antecedeu foi um aprendizado. O maior desafio foi coordenar tudo e, ao mesmo tempo, manter viva a essência do tradicionalismo em cada decisão.”
Além de cargos administrativos, Marite dedicou-se intensamente à formação de grupos e à transmissão de conhecimento às novas gerações. “Sempre fui uma estudiosa do tradicionalismo e das danças. Como coordenadora das Invernadas do CTG, acompanhei todos os ensinamentos dos professores e coreógrafos que por aqui passaram. Temos que estar constantemente atentos às mudanças, mas sem perder a essência do que somos.”
Ela também refletiu sobre a evolução do movimento tradicionalista. “O tradicionalismo gaúcho está em constantes mudanças. Ele busca sobreviver e florescer, adaptando práticas aos costumes atuais, mas a essência permanece: preservar e valorizar os costumes que formam a identidade do povo do Rio Grande do Sul. Quanto às danças, há sempre um processo de atualização e aprimoramento, com o Movimento Tradicionalista Gaúcho atuando como órgão normativo, equilibrando tradição e inovação, inspirando novas gerações.”
Entre suas conquistas mais marcantes, Marite destaca a Escolinha da Tradição, que leva seu nome e atualmente atende 75 alunos. “Hoje continuo trabalhando com crianças desde os 4 anos, e cada apresentação dessas invernadas é uma grande conquista. O objetivo maior do meu trabalho é ensinar respeito ao próximo e amor à cultura gaúcha. É muito gratificante ver que consegui passar esse amor que sinto pela tradição.”
A decisão de encerrar a trajetória neste ano foi tomada com reflexão. “Quando me aposentei da escola, em 2018, depois de atuar por 26 anos como diretora na Escola Adelina Zanchi, senti muita tristeza por não ter mais aquelas crianças com quem convivia todos os dias. Mas muitas delas eu passei a reencontrar nos ensaios de dança, o que era muito importante para mim. Mas este ano, sinto que a energia não é mais a mesma. É hora de passar este cargo para pessoas mais jovens. Posso até ter sido egoísta em permanecer por tantos anos sem dar oportunidade a outros de dar continuidade.”
Ao olhar para trás, ela expressa gratidão e emoção. “Sou grata a Deus, aos pais e aos alunos que conviveram comigo todos esses anos. É emocionante ver ex-alunos trazendo seus filhos para os ensaios. Sentimos o carinho e a amizade que ficaram em nossos corações. O sentimento é de dever cumprido, mas também sei que vou sofrer ao encerrar este ciclo.”
Para Marite, a dança tradicionalista é essencial. “A dança me dá vida. Ela retrata os usos e costumes do povo gaúcho, enaltece o respeito à mulher, à história e à família, e é transmitida de geração em geração. Fortalece os laços familiares, quando vejo os avós dançando com os netos. Sempre vou me lembrar daqueles que me levaram a conhecer este caminho da dança.”
Ao resumir sua trajetória, Marite destaca o legado humano e cultural. “Acredito que, em toda minha trajetória, proporcionei um ambiente acolhedor e inclusivo. Trabalhar com as diferenças sempre foi um desafio gratificante, que me fez crescer e ser uma pessoa melhor.”
Ela deixa uma mensagem final para a comunidade. “Que o orgulho de ser gaúcho nos guie sempre no caminho da tradição e da amizade. Nas invernadas mirim, não se trata apenas de reviver o passado, mas, como acentua Barboza Lessa, de resgatar do passado a esperança perdida.”
Aproveitando o Mês Farroupilha, o Jornal Cidades do Vale foi conhecer mais sobre a sua trajetória
Nascido em Pelotas, João Luiz Nolte Martins, o Joca Martins, é considerado um dos maiores nomes da música gaúcha. Atualmente, vive em Faxinal do Soturno com a esposa, a cantora e empresária Juliana Spanevello, e as filhas Maria Laura, de 12 anos, e Maria Cecília, de 6. Aproveitando o Mês Farroupilha, o Jornal Cidades do Vale foi conhecer mais sobre a sua trajetória.
O contato com a música começou cedo, inspirado pelo avô, que tocava gaita. “Eu brinco que ficava em roda, mais atrapalhava ele do que cantava, mas desde pequeno tive esse contato. Pelo meu gosto e interesse, e também por vê-lo, certamente foi um conjunto que me inspirou a me dedicar à música”, lembra.
Assim como muitos artistas, Joca iniciou pelos festivais, que eram a principal porta de entrada para o mercado. “Com 18 anos participei do meu primeiro festival, em Pelotas, no Festival Charqueada. Cantei pela primeira vez no auditório do Colégio Gonzaga. A partir daí fui participando de outros, em várias regiões. Os festivais contavam muito com o apoio da mídia, principalmente do rádio, que era o principal meio de divulgação”, relata.
O passo decisivo veio em 1995, com a gravação do primeiro CD. Para Joca, esse foi o marco inicial da carreira profissional. “Com o primeiro trabalho entendi a seriedade do que estava fazendo, que isso seria a minha carreira. Gravar na época era muito diferente de hoje: precisávamos convencer a gravadora, havia todo um processo de produção, e até ter o CD em mãos demorava. Depois vinha a etapa da divulgação, levar nas rádios, que tocavam as músicas e nos abriam espaço para shows e apresentações.”
Comparando os tempos, Joca ressalta que a tecnologia mudou o acesso à música. “Hoje se faz uma música, coloca nas plataformas digitais e qualquer pessoa do mundo tem acesso. Antigamente não. Dependíamos do CD físico, o que limitava o reconhecimento. Por isso, os primeiros shows eram em cidades próximas a Pelotas. O alcance das rádios era fundamental para que o artista fosse conhecido.”
Mais de 20 anos depois, o cantor avalia a caminhada com gratidão. “Mudou muita coisa desde o começo. Hoje sou conhecido, aprendi a ser mais objetivo nos trabalhos, mais assertivo. A gente aprende com as experiências. Mas tudo que aconteceu nesse tempo foi importante para que eu seja o Joca de hoje.”
A longevidade na carreira, segundo ele, é resultado de um trabalho consistente e conectado com diferentes públicos. “Busquei me consolidar em várias faixas etárias. Os temas dos meus trabalhos permitiram isso. Canto o ‘Cavalo Crioulo’, por exemplo, que ultrapassa gerações, e também gravei sucessos da música gaúcha em versões atualizadas. Isso me mantém presente para pessoas de todas as idades. Muitos me dizem que começaram a ouvir meu trabalho quando eram crianças e até hoje seguem acompanhando.”
A mudança para Faxinal do Soturno aconteceu após o relacionamento com Juliana. “No início ainda ficamos nessa ponte aérea Pelotas/Faxinal. Mas depois, por uma questão afetiva, e também pela logística, vim morar aqui. Estar no centro do Estado facilita, porque qualquer lugar fica a, em média, 300 km de distância”, explica.
Durante o Mês Farroupilha, Joca chega a fazer até 25 shows. “É uma maratona. Muitas vezes viajamos 10 horas e ficamos no palco 2. A logística exige muito. Tem dias que acordo e não lembro em que cidade estou. Mas é o mês em que as pessoas vivem mais a cultura, estão mais emotivas e receptivas. Por isso, me empenho para que cada apresentação proporcione a melhor experiência possível.”
Sobre o futuro da música nativista, Joca é otimista. “Felizmente já tivemos umas duas levas de novos artistas diferenciados que vão dar sequência ao trabalho. São cantores de qualidade, com grande aceitação. Isso garante que o movimento não morra, mas se renove e acompanhe cada período.”
Foi trilhando as estradas do sul do Brasil, desde 1986, entre festivais e apresentações, que Joca conquistou, além do carinho do público, diversas premiações. Entre elas, destacam-se o Troféu Guri do Grupo RBS (2017), o Prêmio Vitor Mateus Teixeira "Teixeirinha" de Melhor Cantor (2005), o Prêmio Açorianos de Melhor Intérprete (2012), além de dois Discos de Ouro pelos álbuns Cavalo Crioulo e Clássicos da Terra Gaúcha. Já levou seu canto à Argentina, Uruguai e Paraguai, e em 2018 e 2024 se apresentou nos Estados Unidos, em Orlando, na Flórida, durante o encontro da Federação Americana de Tradicionalismo. No mesmo ano, recebeu em Pelotas o título de Cidadão Emérito.
Atualmente, Joca está na estrada com o show Clássicos do Nativismo, que estreou em julho de 2025 no Multipalco do Theatro São Pedro, em Porto Alegre, e no Teatro Simões Lopes Neto, em Pelotas. O cantor foi citado pelo poeta e payador Jayme Caetano Braun como “um intérprete que possui o indispensável ao cantor crioulo: a autenticidade”. Entre seus grandes êxitos estão as composições Domingueiro, Se Houver Cavalo Crioulo, Barulho de Campo, Corcoveando e Recuerdos da 28, entre outras.
O agricultor e empresário Ivanio Piovesan Zanon, 45 anos, de Faxinal do Soturno, decidiu inovar neste ano. Ele substituiu parte da lavoura de trigo pela canola, cultura de inverno que vem ganhando espaço no Rio Grande do Sul.
A escolha foi motivada principalmente pela queda da rentabilidade do trigo. “Sempre cultivei trigo. Só que, em virtude da baixa rentabilidade, acabei optando por outra cultura de inverno. Foi aí que me veio a ideia de plantar canola”, explica Zanon.
Ivanio plantou 60 hectares e, apesar das dificuldades enfrentadas, com excesso de chuvas, principalmente durante o plantio e desenvolvimento inicial, ele estima uma produtividade entre 25 e 30 sacos por hectare. “A produtividade pode chegar a 45 ou 50 sacos por hectare em condições ideais. Mas, neste ano, acredito que a média fique em torno de 30 sacos. Mesmo assim, diante do clima, já considero um resultado interessante”, avalia.
Zanon explica que a canola é uma cultura que exige mais precisão em relação a equipamentos e insumos, especialmente na fase de plantio. “O plantio dela é bem complicado, diferente de trigo ou aveia. A população de sementes é muito baixa, entre 2,4 e 2,8 quilos por hectare. Por isso, o equipamento precisa estar muito bem regulado. Qualquer falha faz diferença”, detalha.
A colheita e o transporte também pedem atenção redobrada. “A semente da canola é muito fininha. Se tiver um pequeno furo na carroceria do caminhão, você pode descarregar o caminhão inteiro antes de chegar na cooperativa. Então, precisa de maquinário regulado e bem vedado, senão a perda é grande”, exemplifica.
No manejo, a cultura se mostra mais econômica do que o trigo, já que exige menos aplicações de defensivos. “Uma lavoura de trigo hoje precisa de no mínimo três ou quatro aplicações de fungicida. Já a canola, geralmente, uma só. Ela pede insumos específicos, mas a quantidade de pulverizações é bem menor. Não precisa estar entrando na lavoura a cada duas semanas como no trigo”, compara.
Para além da técnica, Zanon ressalta que a agricultura também depende de dedicação e esperança. “Na agricultura, como em tudo na vida, a gente precisa, primeiramente,gostar do que faz, fazer bem feito e ter fé. Fé de que a natureza vai responder, de que todo o esforço vai ser recompensado. Em primeiro lugar, é isso: capricho no que se faz, fé em Deus e no que plantou”.
Em termos de retorno financeiro, o agricultor prefere aguardar o resultado da safra para avaliar. “Não dá para saber ainda, porque é o meu primeiro ano nessa cultura. Mas, conversando com outros produtores da região Noroeste, que já produzem há bastante tempo, todos afirmam que sim, a canola é uma alternativa viável em comparação ao trigo”, afirma. Além de ser proporcionar uma beleza única, na sua fase de florescimento.
Zanon garante que pretende seguir apostando na canola nos próximos anos. “Não tenho como expandir porque já planto praticamente toda a área destinada para cultura de inverno. Mas pretendo continuar, sim. Este ano foi péssimo para implantação da lavoura e, mesmo assim, a canola se mostrou resistente e com bom desenvolvimento. Isso me dá confiança de que, em condições melhores, ela pode render muito mais”, projeta.
Ele ainda enfatiza o acompanhamento técnico da Camnpal, que presta todo apoio para o cultivo, bem como o recebimento dos grãos.
Sobre a canola
A canola é uma cultura de inverno cada vez mais presente no cenário agrícola brasileiro, especialmente no Rio Grande do Sul. Pertencente à família das brassicáceas, a planta é cultivada principalmente para a produção de óleo vegetal, considerado um dos mais saudáveis para consumo humano por conter baixo teor de gordura saturada e ser rico em ômega 3 e 6. Além disso, seus grãos também dão origem ao farelo de canola, utilizado como fonte de proteína na alimentação animal.
A ERS-348, que liga Dona Francisca a Agudo foi severamente danificada em função das enchentes de maio de 2024. Diversos trechos do asfalto foram levados com a força da água, além das cabeceiras das pontes secas.
A reportagem do Jornal Cidades do Vale foi apurar em que situação se encontra a obra de reconstrução da via 13 meses depois do fato. O Governo do Estado anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão em obras de resiliência climática em estradas e pontes do Rio Grande do Sul afetadas pelas enchentes de 2024, entre elas a 348, mas até então, foram colocadas apenas placas de sinalização de obras, mas máquinas e canteiros de obra não existe no local. Para deslocamento, as pessoas usam o desvio de estrada de chão, como alternativa. Confira o que dizem as pessoas que são diretamente afetadas.
O que diz o Daer?
A reportagem do Jornal Cidades do Vale entrou em contato com o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer). Confira na íntegra as respostas recebidas na manhã de quinta-feira (12):
JCV - Qual a data de previsão das obras?
Daer - Início previsto para o 2º semestre de 2025.
JCV - Em relação ao projeto, quais as principais modificações comparado a via que foi levada com a enchente (Mais pontes?)?
Daer - A obra será por Regime de Contratação Integral (RCI), ou seja, a empresa será responsável pelo projeto e pela execução das obras. Neste momento está sendo desenvolvido o projeto, assim que for finalizado poderemos dar mais detalhes.
JCV - Haverá uma divisão nas empresas. Uma com pontes, outras com a via?
Daer - A contratação é de um consórcio de empresas. O Daer trata somente com a empresa líder.
JCV - Qual o prazo para finalização das obras?
Daer - A conclusão está prevista para 2026.
JCV - Qual o total da extensão da via que passará pela recuperação (Dona Francisca/Agudo especificamente)?
Daer - Todo o trecho.
JCV - Valor do investimento da obra?
Daer - O investimento previsto é de R$ 170 milhões.
JCV - Algo que seja necessário ser levado a conhecimento da população:
Daer - Neste momento, nada em específico.
O que diz o prefeito de Agudo, Luís Henrique Kittel?
O prefeito Luís Henrique Kittel salientou os prejuízos diretos que o município tem em função da destruição da via. “O município de Agudo foi diretamente afetado. Temos um comércio muito prestigiado pela região da Quarta Colônia, e agora o deslocamento via desvio acaba sendo um impeditivo para as pessoas virem, embora, atualmente ele esteja em total condições. Mas no começo, até pelo fato da estrada ter ficado abaixo da água, o reparo exigiu muito trabalho. Tivemos intervenção no Estado, no fechamento de um buraco maior que se formou. E esporadicamente a prefeitura de Dona Francisca também colaborou, mas o restante todo o trabalho foi feito via Agudo”.
Kittel destaca a importância da obra. “A obra de reparo é essencial, de importância regional. Não pode ser de interesse político nenhum e sim público. Até hoje, nunca fui procurado como prefeito pelo Estado, para conversar sobre a obra. O que teve sim, foi um convite em janeiro para assinatura dos lotes, e uma engenheira esteve aqui no gabinete, se apresentando como responsável pela obra. E me disse na oportunidade que buscava onde morar, e também acomodação para os funcionários da empresa, mas isso já tem mais de mês, e é isso que eu sei, sobre a reconstrução da ERS-348”, afirmou ele.
O que diz o Mauricio Barchet, presidente da Associação Comercial, Industrial de Agudo (Acisa)
O presidente da Acisa, Maurício Barchet, reforçou o que disse o prefeito Kittel, em relação ao comércio. “Fomos totalmente impactado, historicamente temos um comércio forte, que é referência na Quarta Colônia, e sem a ERS-348, o deslocamento fica mais difícil, as pessoas acabam não vindo, por medo de passar no desvio, embora a manutenção ocorre com frequência ali, mas tem gente que prefere não passar. Além disso, nós somos conhecidos por eventos, logo teremos a VolksFest, temos os jogos da AAGF, a gente sabia de pessoas que vinham dos municípios da região e hoje não vem mais. A obra é necessária, a gente aguarda, os comerciantes nos cobram, e adianto que não tendo movimentações mais concretas sobre o início dos trabalhos, também vamos nos organizar e nos mobilizar para chamar a atenção das autoridades”, disse ele.
Depoimento de quem usa o desvio:
Mônica Dall Asta - Diretora da Escola Luiz Germano em Agudo, moradora de Faxinal do Soturno, usa o desvio todos os dias
Mônica é faxinalense, e há sete anos trabalha em Agudo. Em entrevista a reportagem do Jornal Cidades do Vale, ela destacou as dificuldades no deslocamento sem a rodovia. “No começo, eu fazia a volta pelo Santuário, não dava para passar no desvio, depois conforme foram fazendo os reparos eu comecei a usar. Mas a gente percebe que temos mais gastos com manutenção do carro, por exemplo, além do tempo, tem que passar mais devagar. A gente que passa todos os dias constata que o movimento é grande, muitas pessoas precisam, então é uma obra urgente e muito necessária. Quando vi as placas de sinalizações, pensei agora vai, mas já faz mais de mês que foram colocadas e não vimos mais nenhum tipo de movimentação que remetesse a obras”, afirmou.
Natália Helena Sari - Servidora pública de Agudo
Natalia vive a mesma realidade de muitas pessoas, que usam o desvio todos os dias, pelo fato de morarem em um município e trabalharem em outro. Ela salienta, o que mudou na rotina depois que a via ficou totalmente danificada. “Fazia como a maioria no começo, vinha para Agudo via Santuário, RSC-287, mas depois com o desvio em melhores condições passei a vir por ali. Fazer a volta demanda de muito tempo, triplica a quilometragem, então é praticamente inviável para quem tem que fazer isso todos os dias. Precisei colocar uma proteção embaixo do meu carro, para evitar danos, e passo no desvio com muita cautela. A gente pode dizer que ele está em perfeitas condições, tem manutenção, mas tem que situações que fogem disso, os dias de chuva por exemplo, o terreno é baixo, tem lavouras dos dois lados, a água acumula e vai para a estrada, vira um caos em dias de chuva. Estou ansiosa pelo início das obras, que a gente sabe que precisará de muito trabalho, foram vários pontos afetados, entendo a morosidade do serviço público, mas penso, que é uma via importante na região, e precisa ser vista com mais atenção pelas aturidades”, disse ela.
É a emissora líder na região da Quarta Colônia de imigração Italiana do Rio Grande do Sul, fundada em 1° de fevereiro de 1975, e sua abrangência cobre todo o território da Quarta Colônia.
Somos uma Emissora segmentada em jornalismo, em especial, Local e Regional, onde procuramos, em conjunto com as forças vivas destes municípios, de forma integrada buscar o desenvolvimento de toda esta Região. Procuramos sempre fazer um rádio propositivo, para mantermos vivo nosso slogan de ser sempre " A Voz da Quarta Colônia".
Tiragem: 2.500 exemplares
Circulação: Agudo, Dona Francisca, Camobi, Faxinal do Soturno, Santa Maria, Ivorá, Nova Palma, São João do Polêsine, Pinhal Grande, Silveira Martins, Restinga Sêca.
É líder em audiência no seu segmento, com abrangência de mais de 40 municípios. Muita musica, entretenimento e interação com o público são suas características e sua audiência e liderança crescem cada vez mais.
Veja a lista de cidades que nossa cobertura de sinal atinge:
Agudo;
Alto Alegre;
Arroio do Tigre;
Boa Vista do Incra;
Caçapava do Sul;
Cacequi;
Cachoeira do Sul;
Campos Borges;
Candelária;
Cerro Branco;
Cruz Alta;
Dilermando de Aguiar;
Dona Francisca;
Encruzilhada do Sul;
Espumoso;
Estância velha;
Faxinal do Soturno;
Formigueiro;
Fortaleza dos Valos;
Ibarama;
Itaara;
Ivorá;
Jacuizinho;
Jaguari;
Jari;
Jóia;
Júlio de Castilhos;
Lagoa Bonita do Sul;
Lagoão;
Mata;
Nova Palma;
Novo Cabrais ;
Paraíso do Sul;
Passa Sete;
Passa Sete;
Pinhal Grande;
Quevedos;
Quinze de Novembro;
Restinga Seca;
Rosário do Sul;
Salto do Jacuí;
Santa Margarida do Sul;
Santa Maria;
Santana da Boa Vista;
São Gabriel;
São João do Polêsine;
São Martinho da Serra;
São Pedro do Sul;
São Sepé;
São Vicente do Sul;
Segredo;
Silveira Martins;
Sobradinho;
Toropi;
Tunas;
Tupanciretã;
Vila Nova do Sul;
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