A profissão de merendeira escolar envolve a preparação e o fornecimento de refeições para alunos e funcionários em escolas. No dia 30 de outubro é celebrado o Dia das Merendeiras, elas são responsáveis por planejar e organizar o preparo dos alimentos, garantindo que as refeições sejam balanceadas e sigam as normas de higiene e segurança alimentar. Elas também cuidam da limpeza da cozinha e dos utensílios, controlam o estoque de ingredientes e zelam pela qualidade e pelo sabor das refeições. Além disso, desempenham um papel importante no bem-estar dos alunos, oferecendo uma alimentação saudável que contribui para o desenvolvimento e o aprendizado dos estudantes. A reportagem do Jornal Cidades do Vale entrevistou duas das três merendeiras da Escola Dom Antônio Reis, de Faxinal do Soturno: Ciara Suzana da Silva e Caroline Schuster. Completa o grupo de funcionárias da área Rosélia da Silva Camargo.
Ciara, 60 anos, atua há três anos no educandário. “Eu comecei a trabalhar desde os oito anos, nas casas, então fui aprendendo a cozinhar. Meu último emprego foi o Hospital de Caridade São Roque, atuava também na cozinha e depois vim para cá”, afirmou. Caroline conta que sabia cozinhar, mas não era acostumada a cozinhar em grandes quantidades. “No começo é um pouco difícil, mas a gente vai se adaptando e aprende, pega o jeito, as quantidades e o número de alunos que comem a merenda”, contou.
Com horários variados, ela, nas terças e quintas-feiras, também prepara o almoço, além do lanche. “O cardápio é sempre variado, tem a nutricionista que acompanha e passa os cardápios, e a gente executa. Produtos de boa qualidade, fresquinhos, tudo é feito na hora, com muita higiene e cuidado. São em torno de 125 alunos que fazem as refeições”, contou Ciara.
De acordo com as merendeiras, a realidade atual é diferente do passado. “Tem um tempo já que as merendas dos alunos têm um controle bem rigoroso, cardápio diferente; na nossa época não era assim, comia-se um tipo de merenda a semana inteira. Agora mudou tudo, é bem balanceado”, disse Caroline.
Ciara conta que a realidade dos alunos também varia. “A gente sabe que tem alunos que fazem as melhores refeições aqui, cada um tem uma realidade, e somos muito sensíveis em relação a isso. Tem alunos que repetem, e não tem problema; o importante é estarem bem alimentados para estudarem bem.”
A vivência com os alunos é especial. “É muito bom, eles nos chamam de tia, dizem que nos amam, é um ambiente muito bom de trabalhar. A gente gosta muito deles, é por eles que temos a nossa profissão”, afirmou Ciara.