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Raízes e laços: Neto segue os passos do avô e se dedica ao trabalho no campo

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Faxinal Do Soturno 05/08/2024
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No dia 26 de julho, é celebrado o Dia dos Avós, data dedicada a São Joaquim e Sant'Ana, pais de Maria e avós de Jesus Cristo, segundo a tradição cristã. Para marcar a data, a reportagem do Jornal Cidades do Vale destaca a relação entre avós e neto, Milvo Marchezan, de 74 anos, Maria Odete Lazzari Marchezan, 74 anos e Eduardo Marchezan, de 17 anos, moradores da localidade de Val-Veronês, no interior de Faxinal do Soturno. Milvo mora na localidade desde os seus 28 anos, antes, morou na Linha Seis Norte e depois em Guarda-Mór.

Uma das alegrias de Milvo é o gosto de Eduardo pelo trabalho no campo, e desde o início do ano, ele resolveu morar de vez com os avós. “Ele sempre vinha nas férias para cá e me ajudava, e dizia que gostava muito. Então, quando me falou de morar, nós o recebemos de braços abertos. Eu nem ia mais plantar fumo, mas ele veio para ajudar e aí me animei; vamos fazer mais uma safra. Fico feliz dele estar com a gente. Já me acostumei com ele; nos finais de semana, quando ele sai às vezes, já sinto falta”, relatou o avô.

Milvo admira a vontade de Eduardo de dar sequência na propriedade. “A vida no interior é um trabalho cansativo; a gente não tem dia, não tem hora, se está chovendo ou se tem sol, temos os afazeres e temos que cumprir. E ele, jovem, morava em Camobi, resolveu escolher isso para a vida dele. A gente apoia, explica as dificuldades, mas também vê a vontade que ele tem, ele é feliz quando está aqui.”

Eduardo disse que sempre se adaptou melhor no interior. “Eu gosto dessa vida que meus avós vivem, sempre gostei. Tentei morar na cidade, mas não me adaptei. Isso aqui é uma paixão, trabalhar com o cultivo de plantas. Então, este ano vamos tocar, aprender mais coisas com o vô, porque o que era feito no período das férias eu já sei, mas tem outros momentos que eu não estava aqui, então vou ter que aprender. Fico feliz de morar com o vô Milvo e a vó Odete”, disse ele.

A dupla deverá plantar em torno de 20 mil pés de fumo. “Vivemos sempre um futuro incerto aqui no interior, a gente depende muito do tempo, mas vamos para mais uma safra apostando que tudo vai dar certo. Os últimos três anos foram bons, o preço também ajudou, então vamos seguir, agora com o Dudu junto.”

O maior desafio da safra, Milvo diz, é a reconstrução após as enchentes. “Vai ser um ano desafiador, temos muitos lugares de terra que nem temos acesso ainda. Vamos ter que trabalhar bastante e investir para recuperarmos o que foi destruído pelas águas. Mas é isso, vamos seguir e acreditar que tudo vai ficar bem”, concluiu ele.

Milvo e Odete também são avós do Thiago e da Júlia. 



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