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Costura com paixão: A trajetória da costureira Neimar Aparecida Manfio

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Faxinal Do Soturno 30/09/2024
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A profissão de costureira é uma das mais antigas e importantes da história da humanidade, com raízes que remontam à pré-história, quando os primeiros humanos começaram a criar roupas para se proteger do clima. Inicialmente, as roupas eram feitas com peles de animais, presas com ossos ou espinhos. Com o passar dos séculos, surgiram os tecidos, e a habilidade de costurá-los se desenvolveu.

Hoje, a profissão de costureira continua a ser uma combinação de arte, técnica e tradição. A reportagem do Jornal Cidades do Vale conheceu a história de Neimar Aparecida Manfio, costureira de Faxinal do Soturno, que desde os 16 anos, após fazer um curso de costura em Nova Palma, desenvolveu o gosto pela profissão. "Trabalhei seis anos em uma fábrica de roupas íntimas, e há uns 15 anos atuo em casa. Sempre gostei muito de costura. Quando criança, minha mãe fazia roupinhas para nossas bonecas, e eu já achava aquilo lindo. Depois, fui crescendo e queria ajustar minhas roupas, mas minha mãe não gostava que eu mexesse na máquina (risos). Quando apareceu o curso, fiquei muito feliz e fiz", lembrou.

Neimar recorda que, no passado, havia muitas pessoas que se dedicavam à costura. "Tinha muitas mulheres que trabalhavam com costura, e com o tempo isso foi diminuindo. Mas as pessoas ainda procuram muito. Eu me vejo sempre na correria para dar conta de tantas clientes. Por isso, penso que deviam haver mais costureiras. As prefeituras poderiam oferecer cursos para que novas pessoas se interessem, porque demanda sempre tem", contou.

Segundo Neimar, o processo da costura segue algumas regras. "A pessoa traz o modelo, a foto, como quer a roupa, eu tiro as medidas, faço o corte, a cliente vem provar para ajustar, e depois faço o acabamento e entrego. As pessoas gostam porque são peças exclusivas, feitas no tamanho certo, de acordo com o corpo de cada um", ressaltou.

Neimar confecciona roupas de festa, peças para o cotidiano, além de cortinas e toalhas. Além disso, nessa época de Semana Farroupilha, os pedidos para vestidos de prenda e bombachas triplicam. "A gente aprende praticando. Eu vejo o modelo e vou fazendo. Não tem uma regra muito específica, porque a moda muda muito, e a gente precisa se adequar. Na semana do gaúcho, e pouco antes, é sempre bem corrido. As pessoas querem os trajes e me procuram. Já fiz para invernadas dos CTGs, a gente acaba fazendo de tudo um pouco."

Neimar emprega mais duas pessoas, Marli Zanon e Dielsa Zemolin. "Talvez até precisasse de um espaço maior e mais gente para ajudar. Mas, devagar, vamos dando conta. É bem corrido. Se eu quisesse, teria trabalho noite adentro", finalizou.



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