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Desafios e conquistas no mundo do mountain bike e corrida

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Faxinal Do Soturno 19/08/2024
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Em clima de Olimpíadas, o Jornal Cidades do Vale entrevistou Rafael Belmonte, um destacado praticante de mountain bike e corrida. Belmonte, que já conquistou diversos títulos na categoria Elite (modalidade geral de mountain bike), compartilhou suas experiências, desafios e expectativas para o futuro no esporte.

JCV: Como você começou no mountain bike e corrida?

Rafael: Eu comecei há três anos no mountain bike, por indicação de um colega. Eu não conhecia muito esse esporte; jogava futsal duas ou três vezes por semana, mas acabava me machucando bastante, o que é comum. Meu colega me emprestou a bike e subimos o São Pio. Por ser a minha primeira vez, ele achava que eu não iria conseguir chegar lá em cima pedalando, mas consegui. Foi aí que comecei a ver resultados e a investir no esporte. Comprei minha bike e comecei a pedalar.

JCV: Quais foram os maiores desafios que você enfrentou até agora?

Rafael: Eu treinei por alguns meses, acho que uns quatro ou cinco, e já fui ver como eram as competições. No primeiro ano, comecei a competir no Campeonato Gaúcho. Foi um grande desafio, por estar começando e já competir em um campeonato muito forte. Fiquei em quinto na colocação geral naquele ano e sempre tento me superar. Um dos maiores desafios foi ter subido o São Pio dez vezes. Quero quebrar esse recorde e tentar subir onze ou doze vezes, mas preciso treinar bastante. Cada corrida é um novo desafio porque nunca sabemos como serão os competidores. Existem competidores muito fortes na Elite, e sempre tentamos nos superar.

JCV: Qual é a sua rotina de treinamento semanal?

Rafael: Eu treino até duas ou três vezes por semana, conforme o tempo, o trabalho e o clima. Se chove muito, não conseguimos sair para pedalar e complementamos com treino na academia. Tenho uma parceria com a CenterFit, onde treino e divulgo a marca. Intercalo entre pedalar e treinar na academia.

JCV: Você tem algum ritual ou hábito específico antes das competições?

Rafael: Antes das competições, o foco é sempre no treino. Antes da largada, faço uma oração, pedindo ajuda para que nada de ruim aconteça durante a corrida.

JCV: Quais são seus objetivos de longo prazo no esporte?

Rafael: Como amador, o trabalho vem em primeiro lugar e a família em segundo, até em primeiro plano. Quando sobra tempo, pratico o esporte que amo. Meus objetivos são os mesmos que os dos atletas profissionais: conquistar um título gaúcho, que é meu sonho. Participar de campeonatos fora do Centro Norte, em Cachoeira, Santa Maria, e ir conquistando esses. Meu maior desejo é ganhar uma camiseta de campeão gaúcho.

JCV: Quantos títulos você já conquistou?

Rafael: Em campeonatos, eu devo ter uns cinco ou seis títulos. Cada corrida dentro do campeonato é como se fosse uma final. Nessas corridas, estou sempre entre os primeiros. Já perdi a conta de quantos troféus de primeiro lugar tenho no circuito.

JCV: Quais dicas você daria para alguém que gostaria de começar a praticar mountain bike?

Rafael: A dica para quem quer começar no esporte é chamar um amigo que já conhece e pedalar junto. Não precisa encarar o São Pio logo de cara como eu fiz, mas pode começar de leve e ir superando seus limites. Uma subida que você não conseguiu pedalar na primeira vez, não desista; na próxima, com certeza, vai conseguir. É um esporte onde você vê a evolução nítida. Pedale uma vez, subiu tanto; pedale duas, já vê que foi mais longe. Quando a pessoa percebe que está se superando, começa a gostar do esporte. Nunca desistir, porque é um esporte em que não podemos desistir. Quem começa acaba gostando e se viciando.

JCV: Algo que gostaria de acrescentar?

Rafael: Gostaria de agradecer pela iniciativa de fazer essa entrevista e essa matéria sobre um esporte que é muito importante para a saúde. Aqui não é tão conhecido em Faxinal, mas em outros municípios já é bastante conhecido. Levamos o nome da cidade para diversos lugares e, quando o narrador chama para o pódio, só de participar já é muito bom. Quando conquistamos o primeiro lugar e o narrador fala nosso nome e cidade, dá uma satisfação e orgulho. Obrigado pela oportunidade.

 



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