O plantio de fumo já está em andamento na região. Em Agudo, na Linha Teutônia Sul, a família Büse está a todo vapor. Com uma estimativa de 130 mil pés, restam apenas 40 mil para serem plantados. O pai, Eleri Carlos Büse, o filho, Verner Nestor Büse, a mãe, Vanilda Hamann Büse, e o pequeno Wallace Büse conduzem a propriedade. No total, são 17 anos morando na localidade e cultivando tabaco.
Verner conta que a rotina é intensa. “Todos os dias temos algo para fazer, não há hora, chuva ou sol, precisamos trabalhar. Cada fase exige um pouco mais; a colheita geralmente é o momento em que temos mais serviço, pois precisamos ir à lavoura e depois realizar todo o trabalho no galpão”, disse ele.
De acordo com Eleri, o ciclo é de 80 dias. “Fizemos o plantio agora e, dentro de mais ou menos 80 dias, já começamos as primeiras colheitas. Hoje em dia, já ficou mais fácil, mesmo ainda não tendo todo o processo mecanizado. Muitas coisas avançaram na cultura e têm facilitado a nossa vida”, salientou o pai.
Verner ressalta a dificuldade na mão de obra. “Atualmente, o maior desafio é a mão de obra. É difícil encontrar quem queira trabalhar, e quando encontramos, o valor da diária é considerável. Claro, se você precisa de ajuda poucas vezes, tudo bem, mas se precisar por uma sequência de dias, já se torna pesado. Essa é a realidade: poucas pessoas querem esse trabalho e, sozinhos, não conseguimos fazer tudo. Então, dependemos de ajuda”, explicou ele.
A família explica que conta com o apoio da Afubra e da fumageira. “Somos gratos à Afubra pela parceria; nossos materiais para o cultivo são basicamente todos de lá, além do instrutor da fumageira que também nos presta assistência. Com bons produtos e a troca de experiências, as safras têm sido boas. Não podemos reclamar dos últimos anos; o preço também tem ajudado bastante”, afirmou Verner.
Conforme Verner, os 40 mil pés que restam devem ser plantados nos próximos dias. “Estamos enfrentando alguns períodos de frio intenso, então estamos tendo cautela, porque a variedade que vamos plantar é mais sensível às temperaturas. Estamos esperando uns dias, mas tão logo o tempo se alinhe, finalizaremos o plantio”, afirmou.
Para a safra, Eleri disse estar confiante. “Claro que dependemos das condições climáticas, mas esperamos que, assim como nós, todos tenham uma boa safra. Que aqueles que tiveram perdas com as enchentes possam se recuperar o mais breve possível para seguir suas vidas”, enfatizou ele.